Essa combinação pode trazer uma relação muita satisfatória, quando ambas as partes se respeitam. O que acontece em algumas equipes é o contrário do que foi citado acima, pois tanto o técnico quanto os atletas não se respeitam, mais por que isso acontece?
O que eu pude observar durante esses anos de treinamento é a difícil compreensão que alguns técnicos (mestres) têm em passar a suas ideias sobre treinamento e essa dificuldade faz que com ele perca o controle sobre seus atletas, isso ocorre talvez por que o técnico (mestre) não tenha ideia da importância que se tem em renovar alguns conceitos em treinamento, deixar o comodismo de lado e saber escutar os seus atletas seja ele faixa branca ou mais graduado. Muitas vezes o que ocorre também é a autoridade exacerbada que os técnicos (mestre) têm sobre seus atletas; pois ninguém aguenta treinar sobre pressão exagerada, isto é, todo o treino sem exceção o técnico “arrepia” sem dó seus atletas. Por outro lado os atletas tem sua parcela de deveres dentro do tatame, como por exemplo, ter disciplina, respeitar o técnico (mestre) e os mais graduados, respeitar seus companheiros de treino e principalmente se respeitar, pois se o atleta não se respeita ele não irá respeitar ninguém, pois só demos aquilo que nós possuímos. Outro detalhe importante sobre os deveres dos atletas é que jiu-jítsu não é democracia e sim hierarquia, então quem se despõe a treinar jiu-jítsu tem que respeitar a hierarquia dentro do tatame, fazendo tudo o que é previsto no jiu-jítsu, como por exemplo, reverenciar o tatame na entrada e na saída e quando dentro do mesmo cumprimentar o seu técnico (mestre) e o demais graduados e os atletas da mesma cor de faixa dele. Se tanto técnico (mestre) quanto os atletas se respeitarem o tatame vira um lugar de “família”, isto é, as duas partes têm prazer em frequentar o treino e à academia vira a segunda casa. E para encerrar para ser um bom treinador ou um bom atleta precisamos ter disciplina, disciplina e disciplina.
